…é bão SebastiãO!

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E é um tal de sei lá…
Hora pra sorrir e horas pra chorar
É necessidade de estudar
são palavras que insistem em fugir
é uma vontade louca de sair
Dizer pras amigas que só quer curtir
Guarda-roupa bagunçado
Tênis jogados de um lado
São férias falsas
Imaginação sem asas
Edredon faz calor
Lençol faz frio
É dedo que leva topada
é a ausência de uma tabuada
Ora doce, ora salgada
é um cansaço estampado na cara
É suspenção na Biblioteca
Fazer poesia sem ser poeta
Livro de cabeceira pela metade
é uma preguiça que invade
Saudade que do nada bate
Notebook temperamental causa agonia descomunal
Ê nostalgia…em pensar que eu era feliz e não sabia
Vinte e poucos anos encaminhados
Bom mesmo seria saber que os problemas são dobrados
Trilha sonora da vida de uma lado
Um terço na cama amarrado
Fé x Pecado
Dúvida x Significado
“Tudo certo como 2 e 2 são 5”
E nesse mar de rimas cretinas
Tomando vários caldos das ondas que as vezes me impedem de boiar
Nada me resta, a não ser acreditar:
“O mundo é bão Sebastião”!

Demais

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Você não sabe se ri, não sabe se chora. Se a piada de humor dark vai te levar ao riso ou ao desejo de morte. Na realidade, a última coisa que passa pela sua cabeça é um equilíbrio que consequentemente vai te levar ao saber. Simplesmente a gente não SABE o que está acontecendo.

Perfeito seria se o universo conspirasse ao seu favor e se o seu desejo de aniquilar aqueles que lhe tiram do sério pudesse ter confirmação. Fica tudo complicado demais, engraçado demais, chato demais, triste demais, prolixo demais, é tudo muito DEMAIS, como diria uma amiga.

Ao acordar você se olha no espelho e acredita que é melhor sair com uma blusa preta, porque “preto é preto”, só que no meio do caminho você se dá conta de que preferiria ter saído de bege, roxo, fúksia, vermelha de estrelinhas pretas, menos com aquela porra daquela blusa toda preta.

Se pisam sem querer no seu pé, em seguida você olha pro céu e agradece pelo Referendo onde votou pelo NÃO, ao porte de armas. Se te perguntam inocentemente “Como você está?” e daí você engole aquelas giletes que ficam na sua garganta que te impedem de falar um sonoro “Eu tô péeeeeessima, obrigado”, MENHA FELHA, você não está só nessa frente de batalha.

Acontece que a parte mais TOP do seu “momento ovo virado“, é quando neguinho vira e fala: “Você tá muito estressada”. Aí F*&^%$#@$%^&&*deu tudo! É nessa hora que se tem a certeza de que daquele lugar só sairemos algemadas.

Definitivamente…Eu não vou tomar maracujina. Se até a uva passa, porque a TPM haverá de ficar para sempre?

Abstrai.

Filmes de auto-ajuda para ver na TPM:

1)Kill Bill
2)O silêncio dos Inocentes
3)300
4)O clube das Desquitadas
5)O diabo veste Prada
6)Prenda-me se for capaz
7)O exterminador do futuro
8)Seven
9)HellBoy
10)Um dia de Fúria

O espaço tá aí para quem acrescentar queira…

“Deus abençoe esta bagunça”…

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Tenta imaginar que você entrou num quarto muito, mas muito bagunçado. Daí, que as roupas estão espalhadas pelo chão, os sapatos estão por todos os cantos, as bolsas vão se amotoando fazendo com que você use sempre as mesmas, a escrivaninha que deveria ser o seu centro de estudo virou apoio para qualquer coisa, menos para o estudo. A luminária parece não iluminar mais nada e a Tv está frequetemente com uma imagem péssima, chuviscada. Produziu a imagem na sua cabeça? Pois bem. Agora reflete toda essa bagunça na sua própria vida.

De aluna exemplar você passa a ser apenas aquela que faz o “corpo presente”, assina a lista e vai embora à francesa. No trabalho, você não sabe ao certo se dá o melhor de si, mas tá lá…dia após dia…comparece. Alguns amigos chegam a acreditar que a sua figura é apenas um avatar no orkut, msn e afins. A sua personificação torna-se rara, acontece que não é proposital, você simplesmente torna-se invisível. Não consegue explicar para os outros o que ocorre porque não partilhou a ideia ainda consigo mesma.

O quarto bagunçado é reflexo da vida bagunçada, que torna-se palco de uma grande crise existencial que por vezes é narrada para terceiros como uma tragédia digna de Shakespeare. Calma, calma, calma, não terminará em morte.

Quando tá tudo desorganizado desse jeito, vê-se que a solução é procurar por resoluções simples. Faxina. Faxina é uma boa. Pode-se muito bem deixar de jogar os sapatos nos cantos, variar as bolsas, colocar os brincos e pulseiras nos seus devidos lugares, mas paciência… ainda não dá para trocar os móveis de lugar. Isso deve ser feito com mais cautela. Depois que aprende-se com alguns erros, é sabido que vez por outra deixar as coisas como estão, de repente é uma boa. Agora uma coisa é certa: É preciso deixar livre a tomada da luminária (dê prioridade). Sem esta “claridade,” perde-se a capacidade inventiva. Deixar de organizar o quarto vez por outra SIM. Deixar de organizar as ideias, NÃO.

Por que o texto foi escrito em 3 pessoa? Oi?

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FOR ALL

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Quando você está para fazer algo que nunca fez, é natural que role uma certa insegurança. Ainda mais quando essa “novidade”, implica em PASSAR O SÃO JOÃO PELA PRIMEIRA VEZ NA VIDA FORA DA SUA CIDADE NATAL.

Quando uma amiga chegou com a ideia, eu prontamente disse: NÃO! Como poderia eu, tomar licor, sentir frio, dançar forró e ter medo dos “fogos”, numa cidade que não era minha?

Na altura(de 1,70cm), dos meus 23 anos, percebi que anseio por novidades. Ontem eram 15 e uma angústia me tomava porque meu pai definitivamente não me deixava sair para a festa com as minhas amigas hoje 23… estudo, trabalho e posso tomar algumas decisões sozinha ainda QUE dependa financeiramente dos meus pais, adquirir confiança é uma boa.

Nesse périplo junino em terras desconhecidas, não vou olhar para a praça e “me ver”, quando criança vestida de caipira eu tô muito saudozista, o que com certeza irei ver e obviamente lembrar daqui há um tempo é que estou aproveitando saudavelmente a minha juventude!

Eu não suportaria ver OS MEUS MELHORES AMIGOS, rindo de piadas que eu com toda certeza me divertiria aos montes sem ao menos poder compartilha-las com conhecimento de causa. Tudo isso com um tom de “odeio fazer escolhas”, já que outras MELHORES AMIGAS, estarão em outra cidade, a qual eu deixei para conhecer durante o São João numa outra vez…

Eu sei que vou passar 5 dias sem dormir direito, dançando e ouvindo forró 24h por dia e que passando pela minha cabeça a maior preocupação será: “Com que roupa eu vou?”…e sinceramente isso MUITO me ANIMA!

A passagem de ônibus na minha gaveta, ao contrário do ano passado, não tem como destino Cruz das Almas(minha hometown)…desta vez, embarco para AMARGOSA. Na hometown, eu teria absolutamente TUDO “de grátis”. Troquei o “all inclusive” da casa dos meus avós por uma quantia que está me fazendo falta de alguns relevantes reais que de certo não me trarão arrependimentos.

Pouco mais de 1 semana será suficiente para que eu volte aqui contando as peripécias de uma cambada que antes eu só via reunida no Reveillon, mas que em 2009 acharam pouco a reunião de fim de ano e decidiram que no meio é muito melhor(isso ficou ambíguo)!

E é cantarolando todas as cantigas juninas que eu sei, que espero ansiosamente pela sexta-feira(19), quando enfim começa o tão aguardado SanjãO!

Caso em me recorde de “Cruz” em algum momento, tem aquela história de que a música pode ajudar a curar muita coisa… Então, como diria meu avô: “Toca GonzagãaaaaaaaaO“: “Mas ninguém pode dizer, que me viu triste a chorar/ Saudade o meu remédio é cantaaaaaaaaaaaar…”

A SÍNDROME…

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Oi Oi “meus bonitos”!!!

Diante de uma recente crise de estafa, eis que surge em boa hora, o TEXTO QUE SEGUE no meu e-mail. Eu me identifiquei bastante, foi quase um antibiótico tarja preta na minha mente. A quem interessar possa…lá vai:

A Síndrome dos vinte e tantos*

A chamam de ‘crise do quarto de vida’.

Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc..

E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são ‘tão divertidas’… E as vezes até lhe incomodam. E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.

Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.
Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado (a) para se comprometer pelo resto da vida.

Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.

Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso (a). De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.
Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela. O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça… Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…
Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!
FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO… QUE ELE NÃO PASSE!*
A vida não se mede pelas vezes que você respira, mas sim por aqueles momentos que lhe deixam sem fôlego…*

Talvez, ajude a alguém a se dar conta de que não está sozinho em meio a tanta confusão…

Um abraço a todos meus amigos:
Os de vinte e tantos…
(autor desconhecido)

El grande hermano…

GabyeJuninho

Ó, quando a Minha Mãe chegar a gente fala que a parede rachou por causa de um terremoto
-Mas minha cabeça tá sangrando..
-Cala a boca e escuta!

Bateu saudade. Bateu! Sábado ocioso é assim. Várias coisas podem acabar passando pela sua cabeça. Você tá se divertindo até um certo ponto com o fato de estar em casa…durante a tarde tem o Luciano Huck…daí vai chegando a noite e você descobre que pode ficar trágico…na Tv? Zorra Total, Ui! Medo!

Olhando com uma amiga algumas comunidades do orkut, (isso pode arrancar uns risos de você, acredite), ela me mandou uma comunidade com bastante coerência de acordo com a minha história de vida familiar infato-juvenil.

De todas as milhares de coisas que sinto saudades da minha infância, em disparado sai as BRIGAS HOMÉRICAS COM MEU IRMÃO! Me desculpem os filhos únicos, mas não há nada melhor do que ter um Irmão(ã). Quando se é criança, não dá pra ter muita dimensão do bem que “aquela pessoa” ali te faz. Você só consegue olhar pra ele/ela como uma ameaça que a todo instante teima em querer invadir o seu país(sua Mãe) e conquistar espaços, dividir presentes e atenções.

Minha mãe sabia bem como baixar minha crista quando eu era aquela criança pavorosa. Nem tô falando dos safanões. Era verbalmente que o meu sofrimento se solidificava…assim: “Filho, pegue na mão de sua irmã até chegar na Escola tá? E na hora do recreio vá com ela na Cantina e veja o que ela quer lanchar”. Eu ficava horas me perguntando: “Por que eu não posso ir do lado dele sem pegar na mão? Por que eu não posso ir comprar meu lanche sozinha? Só por que eu tenho 4 anos???”

Dividíamos o mesmo quarto, passávamos tardes e tardes ali dentro competindo pelo espaço entre as camas, porque era o melhor pra brincar. Na hora do lanche eu ia na cozinha escondida e abria o pacote de biscoito na área de serviço(pra ele não ouvir), mas não adiantava…já repararam como a audição dos irmãos/ãs é aguçada? No banho, eu ia numa boa, mesmo quando minha mãe me chamava pra subir na melhor parte da brincadeira…mas ele? Ele não. Subia contrariado e pra terminar “fingia” que tava tomando banho. Foi a única vez que vi o “safadinho” apanhando. HAHAHA, Minha Mãe bateu com gosto. Não, não que eu não tenha um bom coração. Mas vê-lo recebendo um corretivo da Mamis era tão raro, que me dava uns instantes de risada garantida. Meu irmão era tão perfeitinho e eu? Eu, tão imperfeitinha. Apanhava de manhã, de tarde e de noite. Por um tempo eu nem sabia mais o motivo. Só pensava que se Minha Mãe tava fazendo aquilo, ela tinha os motivos dela. O que me restou foi a resignação(DRAMA).

O mais esplêndido momento, foi quando ele virou o jogo em favor próprio. Eu aprontava meu horrores e ele passou a negociar comigo, coisas do tipo: “Vá pegar minha toalha de banho, senão eu conto pra Minha Mã… Deixe eu assistir Dragon Ball senão eu conto pra Minha Mã…Me dê o último gole da Coca-cola senão…” Era uma prática de tortura que me reduzia a pó. Nossa progenitora ficava sóoooo…observando e tendo certeza que pra tanta subserviência da minha parte havia algo de errado ali. Sometimes, eu preferia “me entregar” era muita humilhação ceder àqueles favores…outras vezes a Mamis fazia justiça com as próprias mãos.

No início da adolescência, nosso “conviver” tornou-se tão insuportável, que fomos separados da Escola por turnos. Eu pela manhã, ele pela tarde. DEU CERTO! Isso até poderia ir para um daqueles livros de auto-ajuda: “Faça dos seus filhos cúmplices um do outro”. Começamos a descobrir uma amizade. O fato dele “cuidar de mim”, já soava legal, era uma proteção que me fazia bem. O nosso carinho tornou-se mútuo e daí não parou mais. Eu colocaria a nossa Mãe num daqueles rankings de “Eu criei meus filhos com sucesso” com o maior orgulho. Por que, como é que depois de tantos anos brigando, disputando com ele a atenção dela, fazendo questão de cada metro quadrado daquela placenta…ela conseguiu nos unir?

Nesse sábado chatíssimo o que eu mais desejei foi dividir o quarto com o meu Irmão e brincar com ele de “Guerra de Pé”. Seguindo a ordem cronológica da coisa, nossa Mãe entraria no quarto e diria: “Estão brincando disso de novo né? Pois vou logo avisando, o primeiro que chorar vai cair na porrada”. Um cartão de crédito No Limits, pra quem descobrir quem saia do quarto chorando.

Não que Dona Helena resolvesse tudo na PORRADA, mas olha, era um método que com a gente deu muito certo. Tanto, que hoje me invadiu uma enorme saudade desse tempo…Dessa “aurora da minha vida”, dessa “infância querida”…

Alguém me arranja uma passagem pra 1990…outra pra 1997, com pôsters dos BackStreet Boys na parede e a farda da Escola na primeira parte do guarda-roupa. Um quarto com duas camas. De um lado Barbies e mais Barbies…do outro Comandos em Ação e Legos por todo canto. Brigada!

Tô aqui admitindo pro mundo: IRMÃO, EU TE AMO INFINITO!

Sintam-se à vontade pra fazer o mesmo PELOS SEUS!

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?rel=1&cmm=28913485&failed=true

Interrogação?

a_juventude_pode_mover_o_mundo

Eu tava prestes a me jogar na cama pra tirar o sono dos justos, mas tinham tantas ideias, questionamentos, músicas, lembranças, zanzando pela minha cabeça que o melhor que eu fiz por mim, foi correr pra cá.

Combinando um final de semana com umas amigas, aguardando a chegada do São João com outras, me veio um daqueles pensamentos bem nada a ver cheios de filosofia de botequim: Pra que é que serve a juventude?

A primeira coisa que veio a mente para responder a essa pergunta foi: “Pra quê que serve??? Para sermos irresponsáveis, é claro!”. Mas tenho visto que não é bem assim que a banda toca. É claro que algumas atitudes, dúvidas e desmantelos fazem parte da nossa essência…daquela coisa do “ser jovem”: Pensar que é imortal, que o que aconteceu com o filho do vizinho nunca vai acontecer com você, achar que não vai conseguir se formar, planejar virar hippie se nada der certo, pagar sem pena mais de 100 paus numa camisa pra uma festa que dura 12 horas e bla bla bla. Mas acontece, Meus bonitos, que os Jovens estão tendo que aprender cada dia mais cedo a “se virar”.

Construir a vida que você planejou/planeja exige disciplina, concessões, muito choro e vela, cara enfiada no livro, quarto de pernas pro ar e SEMPRE grudar na cabeça que você não pode parar. Caso aconteça, fique avisado desde já que alguém vai acabar te superando e mesmo com o buzú em movimento pode conseguir sentar na janelinha.

Trabalhar e estudar não é tarefa das mais fáceis. Mas quer ver satisfação? Ganhe seu próprio dinheiro, ensaiando logo logo como será sua vida no futuro próximo calma, vai ser um pouco pior. Esse lance tá um tanto novo pra mim. Eu surtei. Isso também pode acontecer com você. É um medo que te impede de raciocinar. Enxergar que você terá uma vida desgarrada da vida dos seus entes queridos, dói. A vontade que dá é de colocar uma venda nos olhos, correr pros braços da Mãe e pedir colo. Claro…colo! Afinal de contas, foi ali que sempre depositamos toda a nossa segurança.

A juventude me manda dançar a música do momento, estar ao máximo com os meus amigos, falar e aprender milhares de gírias, falar 10 palavrões para cada 11 palavras, comer sem me importar com a balança e usar saias curtas enquanto não tenho filhos para buscar na Escola. Só que essa mesma juventude me deixa com receio de ser uma garota apática. Minha geração não gosta de questionar e se revoltar contra o sistema, ou é impressão minha?

Vejo meus alunos combinando de se falar pelo Orkut, pelo Msn…eu faço o mesmo com os meus amigos…mas durante a minha vida escolar não dávamos o menor ibope pra internet, não era tão popular. À tarde basicamente marcávamos pra estudar mentira e depois comer pipoca com Pepsi assistindo Malhação, quando Malhação ainda era Academia, ou quando o Múltipla Escolha era novidade. Velhos tempos, belos dias!

A juventude serve pra que possamos fazer tudo o que aos 30 ficará feio pra nossa imagem? É isso? Ela tem o intuito de nos mostrar que FAMÍLIA é um bem maior, mas que não há jeito, você precisa ampliar aquele ciclo e gerar uma nova família, adquirir bens materiais, ser reconhecido no que estudou para sua profissão etecétera e tal?

Eu queria mesmo era um Manual de Instruções, para aprender a lidar com esse troço. No manual, POR FAVOR quem o fizer coloca mais ou menos o seguinte: “Se desgarrando da barra da saia da Mãe”; “Aprenda a cozinhar chorando”; “Como matar uma rã com um quilo de sal”; “Lavando roupa em 10 minutos”; “Afastando-se dos amigos jamais, MSN existe” e o principal “Aprenda com os seus erros”.

Para os 30 anos, ainda me faltam 7. Sei que a maturidade e a velhice sào inevitáveis pra quem vive, não sou uma jovem transgressora, protestante radical xiita…mas também não corro o risco de aos 60 tornar-me uma Copélia. Com a idade que me encontro parece difícil definir PRA QUE SERVE A JUVENTUDE, mas pretendo responder a essa pergunta daqui uns anos…e tenho certeza que a resposta terá mais destreza e mais pontos de continuação ao invés de interrogação. Tô dormindo e acordando day after day em prol disso.

Agora…deixando o que é do futuro para o futuro…aproveitarei que não tenho filhos para alimentar e cairei na gandaia com as minha amigas, no estilo: “Extravaaaaaaaaaaaaasa, libera e joga tudo pro ar”…puro e simplesmente porque eu “quero ser feliz antes de mais nada”.

É MICARETA na terra do “Bira”(Jô Soares)… Vamo que vamo!

1 ano na rede…

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– Não foi intencional, mas ela nasceu no mesmo mês que eu;

– Quando algo parecia me faltar, ela veio conseguindo me completar;

– Aqueles que pouco de mim conheciam vieram a se aproximar;

– Sentimentos que pareciam difíceis de exprimir em algumas linhas ganhavam simplicidade;

– As maluquices que antes eu tinha medo de confessar, ganharam vida através do nome dela;

– A saudade da “aurora da minha vida, da minha infância querida” pode ser um tanto aplacada com as diversas voltas no tempo que ela me permite;

– Quando eu tô de TPM eu posso transferir pra ela todo o meu mau-humor que a danada consegue passar com clareza o que tô sentindo;

– O meu diário, antes de papel pareceu ganhar vida e muitos “permitidos” leitores;

– Foi uma boa válvula de escape para me encontrar, profundo isso;

– Confirmo aqui a idéia que vivo martelando em quem quiser ouvir: Odeio gente em cima do muro, é preciso TER UMA OPINIÃO FORMADA SOBRE AS COISAS DO MUNDO!

– Quando tracei aqui minhas primeiras “mal traçadas linhas”, tive medo de expor meu ponto de vista…em 1 ano, garanto que isso mudou;

– Maria Aparecida me trouxe amigos, respeito, sorrisos…tanto é que hoje em dia, nunca sei quando sou eu e quando sou ela;

– Desejo:

1) Continuar fazendo ganhar vida essa “menina” tão novinha, mas que já me ensinou e que ainda me trará muita coisa boa!

2) Fazer com que ela pare de falar palavrões!

3) Colocar menos “três pontinhos” nos textos…

4) Escrever com a frequência de 1 ano atrás!

E vocês? O que desejam para a Maria Aparecida? Além de que ela aprenda a andar com as próprias pernas…

“ÔOO Gaby, eu vou comer seu bolo…”

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Será que eu também me senti “assim assim” na barriga da Minha Mãe, quando eu estava prestes a encontrar a “luz” da sala da maternidade e receber do obstetra um tapão na bunda pra “chorar”!?

É…eu acho que eu devia tá “assim assim”. Eu não sabia o que viria pela frente. Até então era tudo quentinho, eu tava bem protegida, minha mãe sentiria se eu estivesse com fome, se queria fazer pipi, ou se queria beber água. Eu não conhecia mais ninguém além dela. Tava bem quietinha, grandona naquela barriga que Deus me deu a sorte de habitar por uns 9 meses.

Eu não sabia o que viria pela frente. No entanto, garanto que nem demorou para que eu sentisse que era/sou uma menina de sorte. Aos poucos fui reconhecendo que eu não estava só. Pra começar, tive que aceitar que ali na minha “antiga moradia”…ou seja, na barriga da Mamãe, já tivera outro habitante. SIM. Eu tenho um irmão. Ah…e tenho também 11 tios…os primos não demoraram a vir…mas a parte mais brilhante da história: Eu tenho avós maravilhosos, que fazem juz aquele ditado que diz, “Os avós são pais duas vezes”. Tive ainda uma oportunidade que nem todo mundo tem na vida…Eu mesma escolhi os meus “Padrinhos Mágicos”.

Passei por vários momentos onde pude tomar e fazer as minhas próprias escolhas. Isso tem um preço. Quando escolhem por você, caso dê errado, você tem a segurança de colocar a culpa em quem lhe “roubou” as rédeas da situação…porém quando você mesma tem a chance de decidir, o que vier a acontecer de errado é uma responsabilidade inteiramente SUA.

Um microfone tacado na testa de um coleguinha; uma boneca esquecida no play do prédio; Always ou Sempre livre; um namoro que seu pai não aprova completamente; uma faculdade que você não pôde continuar; um namoro que teve que acabar, seus pais indo morar em outra cidade; escolher uma outra faculdade; mudar-se novamente de cidade, fazer novas amizades…

Eu não sabia o que viria pela frente…3, 10, 13…23. Não dava pra saber há um tempo onde eu estaria quando completasse essa idade. Mas lembro de uma certa vez ter posto num papel que em 23 de março de 2009, eu completaria 23 anos. Sexo: Feminino. Estado civil? Solteira. Não tenho filhos…contudo, desde o início do ano tem uma ficha caindo na minha cabeça afirmando que além de estar “me tornando” irrevogavelmente ADULTA, eu tenho uma profissãO.

Profissão? PROFESSORA. É assim que tenho sido chamada ultimamente…até mais do que pelo meu próprio nome. Eu escolhi…e é graças as minhas escolhas, que até então têm sido acertadas, com uma parcela altíssima da base que me foi dada pela família que fui presenteada em março de 1986…que vou seguindo a minha estrada planejando cada passo para ter sempre uma noção do que virá pela frente. Mas olha Deus…eu queria dizer que só tenho a agradecer e que não tô reclamando de nada. Digo e repito: Deus me ama tanto, que eu chega fico sem graça!

Depois desse discurso de Aniversariante, eu passo a voz aos meus amigos que de certo são muito amados e queridos, hoje eu tô danada na rima, pra me dizerem tudo aquilo que eu jamais irei cansar de ouvir…

Parabéns pra MIM…

Mais uma dose…

umadose

A vontade que que dá? É de sair. Sim, sair. Porque se eu olho para os 4 cantos do meu quarto, entre cd’s, livros, Tv, revistas, Cruzadinhas e Caça-palavras da Coquetel, fico On e fico Off no Msn e não encontro a danada da Inspiração…é porque essa safadinha só pode estar do lado de fora desse meu quadrado aqui.

Vamos supor agora, que eu entre num Bar. Não necessariamente o mais próximo da minha casa, porque no caso de algum dia eu entrar ali, tenham certeza: Ou eu fui forçada ou não estava no meu juízo mais-que-perfeito. Então…mais adiante achei um Barzinho (um tanto quanto condizente a minha pessoa…mesmo sabendo que lugar de moça não é no Bar tá, Tio Sid)…nesse barzinho, eu com toda a minha educação, chego no balcão e pergunto: “Moço…traz uma dose de Inpiração, por favor!”. O sujeito sem mais delongas olha na minha cara e diz: “Tem não Senhorita…a última garrafa que tinha acabaram de comprar. Mas ainda tem uma quantidade de Paciência que dá 5 doses. Aceitaria a substituição”? Parei pra pensar uns 30 segundos…peguei o celular e liguei para uma “Tal amiga”, a qual eu bem sabia que iria adorar me acompanhar com aqueles copos de Paciência.

Em muito menos de meia hora, já estávamos bêbadas. Ela não abandonava o copo com gelo e limão…enquanto eu não abria mão que o meu tivesse só gelo…Como diria aquele cara lá da “nova novela”: “Não tá sendo auspicioso” para mim coisas azedas ou amargas.

O sabor da Paciência? Vamo lá…é algo assim tipo wisky, saca? Os primeiros goles são terríveis, mas em boa companhia vai se tornando agradável até chegar o momento em que você vai se pegar dançando em cima da mesa. E assim foi!

Terminada aquelas 5 pouquíssimas doses de Paciência…o garçon chega discretamente à nossa mesa avisando que uma nova caixa de Inpiração, chegou!

Esquece o “gelo” e o “limão com gelo”! Preferimos tomar as infinitas doses de Inpiração, cawboy mesmo, pra não perder nenhuma percentagem dos efeitos colaterais. O sabor? Eu classificaria como: “Bebida de mulher”…doce, doce, doce…

Saímos do Bar, com as nossas sandálias de salto fino na mão. A maquiagem não estava mais tão tão cintilante…mas os vestidos acinturados de tafetá, ainda estavam elegantérrimos.

No rumo de casa? Eu continuava na mesma cidade. Já a minha “tal amiga” viajaria quilômetros…porque ela mora em outro Estado. Mas de uma coisa, podíamos ter certeza: A solidão, pode sim trazer Inspiração…mas a “Inspiração” que eu buscava não se encontra sozinha. Seja para falar de amores, ou dores, experiências ou até mesmo da falta delas…a uma conclusão eu já posso ter chegado. E como várias e várias coisas na vida a minha resolução teve um final bastante clichê. É como diria o poeta: “Fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho”!